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Tricampeão da Copa do Nordeste

  

Copa do Nordeste 1994

Em 1994, em um torneio disputado entre os dias 4 e 15 de Dezembro em Alagoas, a Copa do Nordeste fazia oficialmente sua edição de estréia,  Com o sucesso, acabou ganhando a chancela da CBF, que passou tomar conta do regional em seu período mais duradouro, a partir de 1997, conferindo ao campeão, inclusive, uma vaga na Copa Conmebol. Desde 2014, o campeão vai à Sul-Americana.

O Sport compôs o chamado "grupo da morte" e, logo no primeiro jogo o sport mostrou o que foi fazer em Maceió, aplicando uma goleada no Fortaleza, 6 x 1. No jogo seguinte, contra o Vitória, outro resultado convincente: 3 x 0. Ainda nessa primeira fase, Sport e CRB se enfrentaram - sem ter idéia de que seria uma "final antecipada" - e o Leão levou a melhor, vencendo os anfitriões por 1 a 0.

Nas quartas de final um novo 3 x 0, desta vez sobre o América-RN.

Vieram as semifinais e a primeira disputa de pênaltis (4 x 3) após o empate em 1 x 1 com o Bahia.

Em 15 de dezembro de 1994, uma quinta-feira, o Rei Pelé foi palco da grande final.  Entraram em campo pelo lado do Leão: Jefférson; Givaldo Adriano, Sandro e Dedé; Dário, Chiquinho e Juninho; Leonardo, Fábio e Zinho.

Em pé de igualdade, boas chances apareciam dos dois lados. Zinho e Dedé tentavam jogadas de velocidade pela esquerda, enquanto Juninho arriscava suas faltas de fora da área. Mas o goleiro do CRB, Vanderlei, parecia que não levaria gol naquele dia. Apenas parecia. O tempo normal terminou em 0 a 0 e a disputa pela taça foi para os pênaltis.

O primeiro a se posicionar foi o rubro-negro Sandro, que mandou um foguetaço indefensável para Vanderlei. O CRB converteu em seguida. Dedé, pelo Leão, também marcou. Pelo lado adversário, Genílson mandou para fora. O Sport estava à frente, mas emoção não faltava naquele jogo. Juninho Pernambucano acabou perdendo o pênalti, deixando tudo igual. Jefférson defendeu a bola seguinte do CRB. O rubro-negro Saulo, que entrou no decorrer da partida, converteu. O clube alagoano também marcou. A decisão então ficaria para os pés de Zinho. Com calma e precisão, o chute foi no canto esquerdo do goleiro e o Sport sagrou-se campeão sob muita festa.

 

Copa do Nordeste 2000

O Sport iniciou a campanha da Copa do Nordeste de 2000 enfrentando o CSA-AL, fora de casa, e logo tratou de mostrar o seu favoritismo vencendo os alagoanos por 2 x 0. Na sequência, o Sport teria dois jogo em casa e, no primeiro, não tomou conhecimento do Botafogo-PB, e fez também 2 x 0 sobre os paraibanos.

Numa incrível desatenção, no terceiro jogo da primeira fase o Sport foi surpreendido pelo Poções-BA, sofrendo, na Ilha do Retiro, a sua única derrota em casa na competição daquele ano. Tal derrota mexeu com os brios dos rubro-negros que, no jogo seguinte contra o mesmo Poções-BA, porém, desta vez em território bahiano, derrotou os donos da casa por 1 x 0.

O resultado se repetiu na visita ao Botafogo-PB, num jogo nervoso, os paraibanos valorizaram por demais a vitória rubro-negra por 1 x 0.

Faltava fechar a primeira fase no jogo da volta contra o CSA-AL. A Ilha do Retiro com um bom público, assistiu o Sport detonar os alagoanos pelo placar de 6 x 1 e terminar a fase como líder do seu grupo.

Nas quartas de final o adversário conhecido como o Galo da Borborema, o Treze de Campina Grande, estava em ótima fase e conseguiu transferir o entusiamo de sua torcida para dentro de campo, derrotando os Leoninos por 2 x 0. Este resultado obrigava o Sport a vencer o Treze-PB por três gols de diferença para alcançar a classificação às semifinais. Coube ao público presente na Ilha recitar a frase "Nunca duvide do Sport!" e numa apresentação sensacional os rubro-negros alijaram os alvinegros da competição ao impor 3 x 0 no placar.

Vieram as semifinais e novamente a equipe do Poções-BA, que vinha surpreendendo na competição. No primeiro embate, um empate em 1 x 1 na Bahia. No segundo jogo nova vitória do Sport sobre os bahianos, 2 x 0.

No dia primeiro de março de 2000 a Ilha estava abarrotada. 33.392 pagantes acompanharam uma das finais mais tensas da história do estádio: o confronto dos Leões, pelo título da Copa do Nordeste. A rivalidade era altíssima. No primeiro jogo a partida terminou empatada em 2 x 2, fato este que beneficiou o Sport, que jogava por dois resultados iguais. O Vitória-BA precisava de um triunfo para tirar o título do Recife.

Logo no começo da partida o Sport abre o placar. Aos catorze minutos o zagueiro Érlon chuta da entrada da área e faz a Ilha entrar em êxtase. Mas o Vitória fez valer cada gota de suor daquela partida, e virou o jogo ainda no primeiro tempo. Dentro do jogo ocorreu uma batalha particular. A de Sangaletti. Jogador identificado com o Leão e um dos melhores volantes da centenária história do clube, Sangaletti falhou no gol da virada do Vitória, marcado pelo atacante Manoel. Na Ilha há mais de dois anos naquela época, aquela final não poderia terminar daquele jeito para o jogador. Muito menos para o Sport.

O futebol tira, mas dá de volta. Logo aos seis minutos da segunda etapa, escanteio cobrado e Sangaletti, símbolo daquele jogo, subiu no "terceiro andar" para mandar de cabeça para o fundo das redes. Explosão. Euforia. O Sport estava a 39 minutos do título, e Sangaletti, da redenção. O Sport foi pressionado nos dez minutos finais de forma impiedosa, mas segurou o resultado e assegurou mais um troféu na Ilha do Retiro.

Equipe Campeã da Copa do Nordeste 2000

"Vendo uma torcida como esta, não tem como não correr, não tem como não vibrar" (Jacques, atacante)

 

 

Copa do Nordeste 2014

O Sport teve um inicio preocupante na Copa do Nordeste de 20014. A equipe comandada pelo técnico Geninho não conseguia realizar apresentações convincentes, chegando a ser envolvida e vencida por adversários que, apesar de serem tradicionais, não detinha a força e grandiosidade dos rubro-negros.

Na primeira partida, jogando um futebol muito abaixo do esperado, conseguiu um suado empate em 1 x 1 diante do time do Botafogo-PB, partida em que a equipe paraibana utilizou dois jogadores irregularmente e foi punido com a perda de 4 pontos.

No jogo seguinte, ainda sem convencer, foi derrotado pela equipe do Náutico, pelo placar de 1 x 0, permitindo aos alvirrubros a quebra de uma hegemonia de 10 anos sem derrota na Ilha do Retiro.

Os dois jogos seguintes foram contra a equipe do Guarany-CE, o qual também não conseguiram vencer. Empate em 0 x 0 na Ilha e derrota por 1 x 0 em Sobral-CE.

Pronto! Não dava mais. O Sport tinha apenas 5% de chances de se classificar para a segunda fase da competição. A Diretoria demitiu o técnico e, como não dava tempo, escalou o auxiliar técnico para assumir o comando da equipe. O próximo jogo seria contra o Náutico... De novo a mística frase se fez ecoar pelas bandas da Praça da Bandeira: "Nunca duvide do Sport!", e numa apresentação quase perfeita a equipe aplicou um sonoro 3 x 0 nos alvirrubros em plena Arena Pernambuco. Esse resultado reverteu as perspectivas de classificação para a próxima fase, consolidada após a vitória sobre o Botafogo-PB por 1 x 0, na Ilha.

Já nas quartas de final e os Leoninos tinham como adversário o CSA-AL. No primeiro jogo vitória do Sport por 2 x 0. A segunda partida foi realizada em Maceió-AL, onde o Sport se deu ao luxo de perder por 1 x 0 e ainda assim garantir a classificação para as semifinais.

O Santa Cruz foi escolhido pelo destino para decidir uma vaga nas finais da Copa do Nordeste contra os Leões. O Clássico das Emoções sacudia a cidade, mas o Leão não deu trégua para o adversário. Na Ilha, 2 x 0. No Arruda, nova vitória: 2 x 1. O Sport estava na sua quarta decisão de Copa do Nordeste.

A Arena Castelão recebeu seu maior público: foram 60.068 pagantes (61.280 presentes), para uma renda de R$ 1.476.187. Nem mesmo Brasil x México e Espanha x Itália, pela Copa das Confederações, alcançaram esse número na arquibancada.

O Sport não tomou conhecimento dos mais de 60 mil adversários na arquibancada.

O Sport já havia conquistado a Copa do Nordeste em 1994 e em 2000 - desde então, foram realizadas seis edições. O Ceará buscava um título inédito.

O grito entalado só ecoou no Castelão aos 41. Souza, que estava apagado no jogo, deixou o Magnata livre para balançar a rede.

A ofensividade do Ceará no fim da primeira etapa dava indícios de que voltaria disposto a fazer o segundo para, pelo menos, levar a decisão para os pênaltis. Mas não foi assim. Logo aos cinco minutos, a defesa alvinegra falhou, Ailton caiu na área, e o Sport teve pênalti a favor. Neto Baiano, que já marcara uma vez na vitória por 2 a 0 na partida de ida cobrou forte e fez 1 a 1. O golpe foi duro: na arquibancada, silêncio; no gramado, o Ceará se desorganizou. Com uma defesa segura e aproveitando os contra-ataques, os rubro-negros neutralizaram os alvinegros, principalmente no segundo tempo.

A arquibancada do Castelão, no início lotada, foi se esvaziando. Do lado do Sport, ouvia-se gritos de "é campeão".

O empate por 1 a 1 na Arena Castelão deu aos pernambucanos a taça de campeão pela terceira vez na Copa do Nordeste e ainda garantiu a vaga na Sul-Americana.

O Sport soma três títulos em quatro finais, 1994, 2000 e 2014, sendo o primeiro clube nordestino a ser campeão com um técnico da região, em 1994 com Givanildo de Oliveira.